Tecnologia e a transformação da Medicina – como começou, onde estamos e para onde vamos?
A história da medicina é tão antiga quanto o desejo do ser humano de minimizar os problemas físicos e prolongar a longevidade e o bem-estar. Porém, foi no período conhecido como Renascimento Cultural (séculos XV e XVI) que, mais livre da condenação da Igreja na Idade Média, o homem moderno pôde avançar nas pesquisas sobre o corpo humano e aprimorar a medicina. Entre tantas (r)evoluções que a arte de curar já passou, contar com a tecnologia como aliada sem dúvida foi uma das que trouxe os maiores avanços.
A intimidade com a anatomia humana tem seu início na civilização egípcia e seus métodos de mumificação dos faraós. Partem daí os primeiros registros sobre o funcionamento vital do corpo. O grego Hipócrates, nos anos 400 a.C., foi um dos primeiros a rejeitar conclusões supersticiosas para as doenças e buscar as explicações racionais de suas origens. Tal feito lhe rendeu o título de “Pai da Medicina Ocidental”, e as tornou mais próxima dos homens e distante dos deuses.
Quase 2.400 anos depois, há robôs realizando cirurgias com precisão milimétrica, próteses impressas em 3D, consultas pela internet, inteligência artificial e realidade aumentada, entre muitos outros avanços tecnológicos, como aplicativos e dispositivos que incentivam o acompanhamento e tratamento de doenças. Nesse sentido, aplicativos interativos contribuem não apenas em situações mais graves, mas também apoiam na prevenção de doenças por meio de uma vida mais saudável. Um bom exemplo são os aplicativos de práticas esportivas como a corrida, que permitem acompanhar a evolução dos treinos. Entre os avanços mais intrigantes, há um jogo¹ online desenvolvido especialmente para capturar dados do comportamento dos jogadores que são usados em pesquisas sobre demência e, ainda, um aplicativo² capaz de detectar, por meio de algoritmo, a probabilidade de uma mancha na pele ser cancerígena.
Não há como falar em todos esses avanços e não citar a telerradiologia. Hoje, pacientes que estão em lugares distantes dos grandes centros urbanos podem contar com laudos precisos e equipes médicas de ponta. Mais do que isso, a possibilidade de fazer a leitura de exames de imagens com qualidade em um país de grandes dimensões geográficas como o Brasil, permitiu às clínicas e hospitais otimização de tempo, aumento da capacidade de serviços, custos menores e maior rapidez no tratamento e no atendimento.
A união de tecnologias e a digitalização de dados estão levando a saúde para um novo ciclo que abre inúmeras possibilidades para a medicina digital. Já é permitido que os médicos monitorem seus pacientes com doenças crônicas, mesmo a distância, em tempo real. Hoje, profissionais em treinamento e estudantes realizam simulação cirúrgica com realidade virtual e precisão muito próxima ao que acontece nas salas de cirurgia.
O mundo tecnológico avança tão rapidamente que o aparato clínico está na palma da mão, em mobiles, como o Whitebook³, um aplicativo que ajuda na tomada de decisões médicas. Na África, a iniciativa CardioPad4, da Himore Medical, é uma solução sem fio que permite um acompanhamento eficaz das doenças cardiovasculares, de uma longa distância, por meio da internet. A tecnologia ainda promete o desenvolvimento de nanorobôs que guiam a dose exata de medicação apenas para as células afetadas, sem prejudicar as outras, a fim de combater ou prevenir certas doenças com o mínimo impacto colateral, como por exemplo, tumores.
Todos saem ganhando com este avanço que une tecnologia e medicina, pois ao operar soluções nos espaços virtuais, a assistência ao paciente melhora, tornando-se mais rápida e precisa, com todos os registros em tempo real para facilitar o diagnóstico e evitar momentos desgastantes, como longas esperas.
Eram os deuses robôs?
O que diria Hipócrates diante de todo esse aparato tecnológico? Certamente, seria um entusiasta do avanço da medicina digital, pois como “Pai da Medicina”, sabe que a tecnologia depende do homem para efetivar seu poder de cura. Nada substitui o olhar humanizado do médico; a “medicina do futuro” apenas o auxilia nas conquistas cada vez maiores em busca da saúde.
Referências:
ALTMAN, Max. “Hoje na História: 370 a.C. – Morre Hipócrates, considerado o “pai da Medicina”. Disponível em <http://www.revistahcsm.coc.fiocruz.br/hoje-na-historia-370-a-c-morre-hipocrates-considerado-o-pai-da-medicina/>
FERREIRA, Fabricio Alves. “A História da Medicina”; Brasil Escola.
Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/biologia/a-historia-medicina.htm>
Fontes:
1.http://www.seaheroquest.com/pt
3.http://whitebook.pebmed.com.br/
4.https://himore-medical.com/products/hardwares/cardiopad/accessories/kit-cardiopad
Imagem:
Flickr.com
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A história da medicina é tão antiga quanto o desejo do ser humano de minimizar os problemas físicos e prolongar a longevidade e o bem-estar. Porém, foi no período conhecido como Renascimento Cultural (séculos XV e XVI) que, mais livre da condenação da Igreja na Idade Média, o homem moderno pôde avançar nas pesquisas sobre o corpo humano e aprimorar a medicina. Entre tantas (r)evoluções que a arte de curar já passou, contar com a tecnologia como aliada sem dúvida foi uma das que trouxe os maiores avanços.
A intimidade com a anatomia humana tem seu início na civilização egípcia e seus métodos de mumificação dos faraós. Partem daí os primeiros registros sobre o funcionamento vital do corpo. O grego Hipócrates, nos anos 400 a.C., foi um dos primeiros a rejeitar conclusões supersticiosas para as doenças e buscar as explicações racionais de suas origens. Tal feito lhe rendeu o título de “Pai da Medicina Ocidental”, e as tornou mais próxima dos homens e distante dos deuses.
Quase 2.400 anos depois, há robôs realizando cirurgias com precisão milimétrica, próteses impressas em 3D, consultas pela internet, inteligência artificial e realidade aumentada, entre muitos outros avanços tecnológicos, como aplicativos e dispositivos que incentivam o acompanhamento e tratamento de doenças. Nesse sentido, aplicativos interativos contribuem não apenas em situações mais graves, mas também apoiam na prevenção de doenças por meio de uma vida mais saudável. Um bom exemplo são os aplicativos de práticas esportivas como a corrida, que permitem acompanhar a evolução dos treinos. Entre os avanços mais intrigantes, há um jogo¹ online desenvolvido especialmente para capturar dados do comportamento dos jogadores que são usados em pesquisas sobre demência e, ainda, um aplicativo² capaz de detectar, por meio de algoritmo, a probabilidade de uma mancha na pele ser cancerígena.
Não há como falar em todos esses avanços e não citar a telerradiologia. Hoje, pacientes que estão em lugares distantes dos grandes centros urbanos podem contar com laudos precisos e equipes médicas de ponta. Mais do que isso, a possibilidade de fazer a leitura de exames de imagens com qualidade em um país de grandes dimensões geográficas como o Brasil, permitiu às clínicas e hospitais otimização de tempo, aumento da capacidade de serviços, custos menores e maior rapidez no tratamento e no atendimento.
A união de tecnologias e a digitalização de dados estão levando a saúde para um novo ciclo que abre inúmeras possibilidades para a medicina digital. Já é permitido que os médicos monitorem seus pacientes com doenças crônicas, mesmo a distância, em tempo real. Hoje, profissionais em treinamento e estudantes realizam simulação cirúrgica com realidade virtual e precisão muito próxima ao que acontece nas salas de cirurgia.
O mundo tecnológico avança tão rapidamente que o aparato clínico está na palma da mão, em mobiles, como o Whitebook³, um aplicativo que ajuda na tomada de decisões médicas. Na África, a iniciativa CardioPad4, da Himore Medical, é uma solução sem fio que permite um acompanhamento eficaz das doenças cardiovasculares, de uma longa distância, por meio da internet. A tecnologia ainda promete o desenvolvimento de nanorobôs que guiam a dose exata de medicação apenas para as células afetadas, sem prejudicar as outras, a fim de combater ou prevenir certas doenças com o mínimo impacto colateral, como por exemplo, tumores.
Todos saem ganhando com este avanço que une tecnologia e medicina, pois ao operar soluções nos espaços virtuais, a assistência ao paciente melhora, tornando-se mais rápida e precisa, com todos os registros em tempo real para facilitar o diagnóstico e evitar momentos desgastantes, como longas esperas.
Eram os deuses robôs?
O que diria Hipócrates diante de todo esse aparato tecnológico? Certamente, seria um entusiasta do avanço da medicina digital, pois como “Pai da Medicina”, sabe que a tecnologia depende do homem para efetivar seu poder de cura. Nada substitui o olhar humanizado do médico; a “medicina do futuro” apenas o auxilia nas conquistas cada vez maiores em busca da saúde.
Referências:
ALTMAN, Max. “Hoje na História: 370 a.C. – Morre Hipócrates, considerado o “pai da Medicina”. Disponível em <http://www.revistahcsm.coc.fiocruz.br/hoje-na-historia-370-a-c-morre-hipocrates-considerado-o-pai-da-medicina/>
FERREIRA, Fabricio Alves. “A História da Medicina”; Brasil Escola.
Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/biologia/a-historia-medicina.htm>
Fontes:
1.http://www.seaheroquest.com/pt
3.http://whitebook.pebmed.com.br/
4.https://himore-medical.com/products/hardwares/cardiopad/accessories/kit-cardiopad
Imagem:
Flickr.com