Entenda porque há déficit de radiologistas em algumas regiões do Brasil
Déficit de radiologistas no Brasil tem relação com desenvolvimento regional. Conheça números e como driblar desafios onde não há especialistas
O Brasil tem aproximadamente 12,8 mil radiologistas para atender uma população de mais de 208 milhões de pessoas. A estimativa é de 6,17 especialistas a cada 100 mil habitantes, entretanto, diversas regiões apresentam déficit de radiologistas.
Os dados são da pesquisa “O Perfil do Médico Especialista em Radiologia e Diagnóstico por Imagem no Brasil”, de 2019, realizada pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) que traz diversos achados relevantes para entender a situação dessa especialidade no País.
Onde é e quais as causas do déficit de radiologistas em regiões brasileiras?
O déficit de radiologistas está relacionado distribuição desigual de médicos nas regiões do Brasil. O Norte e Nordeste são os locais onde há menor quantidade de profissionais por habitante, são 2,58 e 4,46 médicos por 100 mil habitantes, respectivamente.
Enquanto o Norte tem 8,7% da população brasileira, concentra-se apenas 3,3% dos radiologistas. No Nordeste, com 27,2% da população, são apenas 17,8% dos especialistas.
No Centro-Oeste e Sul, a distribuição de profissionais é mais equilibrada, sendo 7,85 e 7,89 especialistas a cada 100 mil habitantes, respectivamente, acima da média nacional.
Entretanto, O Distrito Federal, localizado no Centro-Oeste, apresenta uma densidade de 16,34 médicos por 100 mil habitantes, mais que o dobro da média nacional e pode ser o responsável por um falso equilíbrio na região, com os demais estados, principalmente cidades rurais e pequenas, apresentando alto déficit de radiologistas.
A região Sudeste é a que apresenta maior quantidade de profissionais. Cerca de 53,5% dos especialistas estão nesses estados que abarcam 42,1% da população nacional o que resulta em um média de 8,67 radiologistas a cada 100 mil habitantes.
Portanto, há uma tendência de maior concentração de radiologistas em grandes centros urbanos e capitais, enquanto cidades menores ficam sem profissionais.
Esse déficit de radiologistas está diretamente relacionado ao desenvolvimento técnico e econômico regional e a preferência dos profissionais por regiões e cidades com infraestrutura mais completa não apenas em saúde, mas em outras áreas que afetam sua qualidade de vida.
Quais os desafios das instituições de saúde?
O resultado da distribuição desigual de profissionais é que em instituições de saúde mais afastadas dos grandes centros urbanos e localizadas principalmente no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, haja maior dificuldade para contratar tais profissionais.
Além da restrição das atividades das instituições de saúde, os profissionais nesses locais ficam mais sobrecarregados devido à alta demanda; enquanto os pacientes têm uma experiência ruim devido à demora no atendimento especializado.
Telemedicina contribui no acesso à saúde
Apesar dos muitos desafios relacionados ao déficit de radiologistas, a regulamentação da telemedicina no País chega como uma aliada na superação desses desafios.
A telerradiologia, por exemplo, permite que exames radiológicos realizados localmente pelo técnico em radiologia sejam encaminhados e laudados por um radiologista remoto.
O telecomando, por sua vez, é uma solução na qual o técnico realiza a distância exames radiológicos de alta complexidade, como tomografia computadorizada e ressonância magnética.
Com a telerradiologia e o telecomando, as instituições de saúde de regiões com déficit de radiologistas podem disponibilizar serviços radiológicos de alta qualidade. A telemedicina se mostra, assim, uma importante aliada na difusão do acesso aos serviços de saúde em todo o País.
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O déficit de radiologistas está relacionado distribuição desigual de médicos nas regiões do Brasil. O Norte e Nordeste são os locais onde há menor quantidade de profissionais por habitante, são 2,58 e 4,46 médicos por 100 mil habitantes, respectivamente.
Enquanto o Norte tem 8,7% da população brasileira, concentra-se apenas 3,3% dos radiologistas. No Nordeste, com 27,2% da população, são apenas 17,8% dos especialistas.
No Centro-Oeste e Sul, a distribuição de profissionais é mais equilibrada, sendo 7,85 e 7,89 especialistas a cada 100 mil habitantes, respectivamente, acima da média nacional.
Entretanto, O Distrito Federal, localizado no Centro-Oeste, apresenta uma densidade de 16,34 médicos por 100 mil habitantes, mais que o dobro da média nacional e pode ser o responsável por um falso equilíbrio na região, com os demais estados, principalmente cidades rurais e pequenas, apresentando alto déficit de radiologistas.
A região Sudeste é a que apresenta maior quantidade de profissionais. Cerca de 53,5% dos especialistas estão nesses estados que abarcam 42,1% da população nacional o que resulta em um média de 8,67 radiologistas a cada 100 mil habitantes.
Portanto, há uma tendência de maior concentração de radiologistas em grandes centros urbanos e capitais, enquanto cidades menores ficam sem profissionais.
Esse déficit de radiologistas está diretamente relacionado ao desenvolvimento técnico e econômico regional e a preferência dos profissionais por regiões e cidades com infraestrutura mais completa não apenas em saúde, mas em outras áreas que afetam sua qualidade de vida.
Quais os desafios das instituições de saúde?
O resultado da distribuição desigual de profissionais é que em instituições de saúde mais afastadas dos grandes centros urbanos e localizadas principalmente no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, haja maior dificuldade para contratar tais profissionais.
Além da restrição das atividades das instituições de saúde, os profissionais nesses locais ficam mais sobrecarregados devido à alta demanda; enquanto os pacientes têm uma experiência ruim devido à demora no atendimento especializado.
Telemedicina contribui no acesso à saúde
Apesar dos muitos desafios relacionados ao déficit de radiologistas, a regulamentação da telemedicina no País chega como uma aliada na superação desses desafios.
A telerradiologia, por exemplo, permite que exames radiológicos realizados localmente pelo técnico em radiologia sejam encaminhados e laudados por um radiologista remoto.
O telecomando, por sua vez, é uma solução na qual o técnico realiza a distância exames radiológicos de alta complexidade, como tomografia computadorizada e ressonância magnética.
Com a telerradiologia e o telecomando, as instituições de saúde de regiões com déficit de radiologistas podem disponibilizar serviços radiológicos de alta qualidade. A telemedicina se mostra, assim, uma importante aliada na difusão do acesso aos serviços de saúde em todo o País.