Como evitar ruídos na comunicação médica na radiologia?
Saiba o que são os ruídos na comunicação médica e como eles podem ser mapeados e prevenidos para otimizar as operações na radiologia
Os ruídos na comunicação médica entre a equipe local do setor radiológico e a da telerradiologia podem comprometer o bom funcionamento dos processos e prejudicar o atendimento.
Compreender o que são e quais os prejuízos causados pelos ruídos na comunicação médica é essencial para gestores que avaliam melhorar os serviços na unidade.
O que são e quais os problemas dos ruídos na comunicação médica?
Os ruídos na comunicação médica estão relacionados a erros e/ou incompletude das informações sobre o paciente ou o procedimento na transmissão de dados internamente e entre a equipe local e a telerradiologia.
Quando as informações não incluem questões referentes à hipótese diagnóstica, estado clínico do paciente, dados do indivíduo ou aspectos técnicos da condução do exame radiológico pode ocorrer problemas como:
- atraso na emissão do laudo;
- erro no diagnóstico;
- falta de informação no laudo médico;
- condução de tratamento desnecessário ou inadequado.
Portanto, tais ruídos comprometem tanto a qualidade, eficiência e confiabilidade do atendimento médico prestado ao paciente, como pode resultar em ocorrências mais graves, como realização indevida de um procedimento por erro de diagnóstico.
Além disso, tais falhas podem ocasionar falta de confiança entre as equipes internas e externas e o comprometimento do pleno funcionamento dos processos do departamento radiológico.
Dada a gravidade dos ruídos na comunicação médica para a gestão, deve-se atuar ativamente em identificar suas causas e suprimir essas ocorrências.
4 passos para melhorar a comunicação entre equipes
Alguns fatores são mais frequentemente associados aos ruídos entre equipe local e telerradiologia.
1. Internet estável evita ruído na comunicação médica
A instabilidade da internet pode ser um primeiro problema que vai resultar nos ruídos na comunicação médica, uma vez que parte dos dados é transmitida e os complementares ficam pendentes até que a conexão seja restabelecida.
Esse tipo de problema é mais comum em instituições que aumentaram a carga de dispositivos conectados à internet, mas não investiram em uma infraestrutura compatível com a nova demanda.
Também pode ocorrer devido à falta de atualizações dos sistemas, tornando as operações digitais mais lentas em toda a instituição.
Um exemplo de ruído na comunicação é quando é criada uma demanda de laudo a distância e apenas parte da documentação foi carregada no sistema de telerradiologia.
Esse cenário inicia uma solicitação de informações complementares por parte do radiologista que perde produtividade enquanto a equipe local trabalha para corrigir o problema e também tem seu desempenho prejudicado.
Portanto, uma internet estável é imprescindível para a qualidade dos processos comunicacionais entre equipe local e de telerradiologia.
2. Equipe local treinada
Outro problema que pode ocorrer na comunicação médica é que apenas parte da documentação necessária é encaminhada à instituição parceira de telerradiologia.
Isso pode ocorrer devido à falta de treinamento da equipe local que não atua de forma padronizada no encaminhamento das solicitações.
Uma recomendação nesse sentido é treinar a equipe com um “checklist” de todos os documentos que devem compor a solicitação de emissão de laudo a distância.
Com isso, independente do turno e do tipo de exame, haverá clareza quanto aos processos e documentações que compõem a solicitação.
O time também deve ser capacitado a operar o sistema de telerradiologia para conseguir monitorar as demandas pendentes e concluídas.
3. Qualidade de processamento computacional impede ruído na comunicação médica
Os computadores usados no setor radiológico que fazem a comunicação com o serviço de telerradiologia não precisam ser os mais potentes em termos de capacidade de processamento, mas devem ser equipamentos confiáveis e com configurações condizentes com a função.
Assim, não adianta investir na modernização do setor com a adoção da telerradiologia, mas manter uma infraestrutura incompatível com esse tipo de operação e que comprometa a qualidade da comunicação entre as equipes.
Normalmente, a prestadora de serviço de telerradiologia informa os padrões técnicos mínimos que devem ser adotados pela instituição de saúde para uma operação segura e eficiente.
4. Protocolos bem estabelecidos
A definição de processos bem estabelecidos é mais um passo visando evitar os ruídos na comunicação médica.
Quando não há clareza sobre o próximo passo durante um atendimento ou prestação de serviço o que ocorre é a falta de padronização das atividades, flutuações na qualidade e erros operacionais.
Um exemplo da falta de processos é o técnico em radiologia não solicitar o termo de anuência do paciente para transmissão dos dados, o que infringe a Lei de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) e, inclusive, as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
Esse tipo de erro pode resultar em multas e problemas legais à instituição, além de inviabilizar a prestação do serviço por parte da instituição de telerradiologia.
Com isso, mapear, padronizar e otimizar os processos de atendimento radiológicos são etapas indispensáveis na qualidade, segurança e eficiência dos serviços.
Compreender a gravidade dos ruídos na comunicação médica e atuar para reduzi-los gera diversos benefícios à instituição de saúde e, inclusive, à interação entre equipe local e de telerradiologia.
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Quando as informações não incluem questões referentes à hipótese diagnóstica, estado clínico do paciente, dados do indivíduo ou aspectos técnicos da condução do exame radiológico pode ocorrer problemas como:
- atraso na emissão do laudo;
- erro no diagnóstico;
- falta de informação no laudo médico;
- condução de tratamento desnecessário ou inadequado.
Portanto, tais ruídos comprometem tanto a qualidade, eficiência e confiabilidade do atendimento médico prestado ao paciente, como pode resultar em ocorrências mais graves, como realização indevida de um procedimento por erro de diagnóstico.
Além disso, tais falhas podem ocasionar falta de confiança entre as equipes internas e externas e o comprometimento do pleno funcionamento dos processos do departamento radiológico.
Dada a gravidade dos ruídos na comunicação médica para a gestão, deve-se atuar ativamente em identificar suas causas e suprimir essas ocorrências.
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1. Internet estável evita ruído na comunicação médica
A instabilidade da internet pode ser um primeiro problema que vai resultar nos ruídos na comunicação médica, uma vez que parte dos dados é transmitida e os complementares ficam pendentes até que a conexão seja restabelecida.
Esse tipo de problema é mais comum em instituições que aumentaram a carga de dispositivos conectados à internet, mas não investiram em uma infraestrutura compatível com a nova demanda.
Também pode ocorrer devido à falta de atualizações dos sistemas, tornando as operações digitais mais lentas em toda a instituição.
Um exemplo de ruído na comunicação é quando é criada uma demanda de laudo a distância e apenas parte da documentação foi carregada no sistema de telerradiologia.
Esse cenário inicia uma solicitação de informações complementares por parte do radiologista que perde produtividade enquanto a equipe local trabalha para corrigir o problema e também tem seu desempenho prejudicado.
Portanto, uma internet estável é imprescindível para a qualidade dos processos comunicacionais entre equipe local e de telerradiologia.
2. Equipe local treinada
Outro problema que pode ocorrer na comunicação médica é que apenas parte da documentação necessária é encaminhada à instituição parceira de telerradiologia.
Isso pode ocorrer devido à falta de treinamento da equipe local que não atua de forma padronizada no encaminhamento das solicitações.
Uma recomendação nesse sentido é treinar a equipe com um “checklist” de todos os documentos que devem compor a solicitação de emissão de laudo a distância.
Com isso, independente do turno e do tipo de exame, haverá clareza quanto aos processos e documentações que compõem a solicitação.
O time também deve ser capacitado a operar o sistema de telerradiologia para conseguir monitorar as demandas pendentes e concluídas.
3. Qualidade de processamento computacional impede ruído na comunicação médica
Os computadores usados no setor radiológico que fazem a comunicação com o serviço de telerradiologia não precisam ser os mais potentes em termos de capacidade de processamento, mas devem ser equipamentos confiáveis e com configurações condizentes com a função.
Assim, não adianta investir na modernização do setor com a adoção da telerradiologia, mas manter uma infraestrutura incompatível com esse tipo de operação e que comprometa a qualidade da comunicação entre as equipes.
Normalmente, a prestadora de serviço de telerradiologia informa os padrões técnicos mínimos que devem ser adotados pela instituição de saúde para uma operação segura e eficiente.
4. Protocolos bem estabelecidos
A definição de processos bem estabelecidos é mais um passo visando evitar os ruídos na comunicação médica.
Quando não há clareza sobre o próximo passo durante um atendimento ou prestação de serviço o que ocorre é a falta de padronização das atividades, flutuações na qualidade e erros operacionais.
Um exemplo da falta de processos é o técnico em radiologia não solicitar o termo de anuência do paciente para transmissão dos dados, o que infringe a Lei de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) e, inclusive, as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
Esse tipo de erro pode resultar em multas e problemas legais à instituição, além de inviabilizar a prestação do serviço por parte da instituição de telerradiologia.
Com isso, mapear, padronizar e otimizar os processos de atendimento radiológicos são etapas indispensáveis na qualidade, segurança e eficiência dos serviços.
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