Saiba a importância e como garantir a Cibersegurança médica
Saiba qual a importância da cibersegurança médica nas instituições de saúde e quais as boas práticas para proteger dados e a rede interna
A transformação digital em diferentes segmentos fez com que gestores precisassem começar a se atentar à segurança da informação. Na saúde, a cibersegurança médica, por exemplo, é indispensável para garantir a continuidade da operação.
Gestores de saúde estão cada vez mais familiarizados com a tecnologia, ainda assim, a incorporação de novas soluções nem sempre é acompanhada da robustez necessária no que se refere à segurança digital.
O que é cibersegurança?
O conceito de cibersegurança refere-se ao conjunto de práticas que visa garantir a proteção dos computadores, servidores, dispositivos móveis, rede e aplicativos para prevenir ataques maliciosos.
Para que haja segurança, é preciso englobar uma série de cuidados em diferentes frentes, como:
- segurança de rede para proteger as operações intranet;
- segurança de aplicativos e sistemas computacionais utilizados;
- segurança da informação para proteção de dados;
- segurança operacional para estruturação de protocolos de acesso;
- recuperação de desastres para evitar perdas de dados;
- boas práticas dos usuários finais.
Assim, a cibersegurança é mais ampla do que apenas ter um antivírus instalado, ainda que essa seja uma prática fundamental para estruturação da segurança digital da instituição.
O principal objetivo da cibersegurança é proteger dispositivos e rede interna de ataques de hackers, como malwares, que são softwares maliciosos que podem visar roubar ou sequestrar informações, deletar dados, bloquear um dispositivo, entre outros.
Qual a importância da cibersegurança médica?
A cibersegurança médica é particularmente importante nas instituições de saúde devido à natureza dos dados.
A medicina já pressupõe que haja o sigilo médico, ou seja, as informações dos pacientes, sejam pessoais, de diagnóstico ou tratamento, não podem ser divulgadas para terceiros sem autorização, sendo que apenas a equipe médica tem acesso aos dados.
Esse é um princípio ético inviolável na saúde, sendo que o descumprimento pode levar à cassação do registro dos profissionais.
Com a digitalização dos processos, os dados que anteriormente ficavam em prontuários impressos passaram para prontuários eletrônicos que são sim mais seguros, desde que as medidas de cibersegurança médica sejam adequadas.
Assim, a segurança da informação é importante para que os sistemas digitais respaldem o princípio de sigilo médico da área.
Além disso, no Brasil está em vigor desde 2020 a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) que regulamenta a coleta, processamento e armazenamento de dados pessoais.
Na saúde, os efeitos da LGPD estendem-se desde a proteção dos dados dos pacientes como também dados de colaboradores.
No que se refere aos dados dos pacientes eles são classificados como sensíveis pela LGPD.
As violações de segurança da informação de dados sensíveis, como na saúde, resultam em punições mais graves, uma vez que se considera esse tipo de comprometimento mais prejudicial aos indivíduos.
Portanto, investir na cibersegurança médica é indispensável para cumprir os requisitos da LGPD para proteção dos dados dos pacientes.
Além disso, a própria regulamentação da telemedicina demanda atenção à segurança digital, com sistemas que devem ser registrados nos conselhos regionais de medicina.
Outro aspecto importante é que o paciente esteja ciente e dê anuência à transferência dos dados, como ocorre na telerradiologia.
Todos esses protocolos são desenhados com o objetivo de aumentar a cibersegurança médica, o que também vai depender de medidas internas das instituições de saúde.
Como aumentar a segurança digital em clínicas e hospitais?
O cumprimento das diretrizes presentes na LGPD e também nas resoluções específicas da área médica já são passos importantes para aumentar a segurança digital em clínicas e hospitais.
Outros cuidados associados devem ser planejados visando o aumento da cibersegurança médica.
Sistemas confiáveis
De acordo com a LGPD, uma instituição também é responsável pelos dados quando os compartilha com terceiros, como a parceira de telerradiologia ou o desenvolvedor de um sistema de gestão.
Com isso, é imprescindível que entre os critérios de avaliação e seleção dos sistemas da clínica ou hospital esteja o cumprimento da LGPD pela parceira, bem como a robustez dos protocolos de cibersegurança.
Além de contar com programas originais e confiáveis, é fundamental que seja realizada a atualização de software sempre que disponibilizada uma nova versão.
Backup atualizado
O backup consiste na duplicação de todos os dados da instituição e alocação em um local seguro destinado para esse fim.
De acordo com o porte da instituição, o backup pode ser atualizado a cada hora, diariamente, semanalmente, quinzenalmente, etc.
Ao manter um backup atualizado conforme a periodicidade mais condizente com a operação da instituição garante-se uma operação mais segura.
Firewall e antivírus
O firewall em informática consiste em uma “porta” que monitora tudo o que entra e sai da rede, fazendo literalmente o controle de tráfego para autorizar ou bloquear um acesso.
Essa função do firewall faz com que ele bloqueie o acesso de malwares ou programas desconhecidos e suspeitos.
Quando associado o firewall com um antivírus eficiente, as chances de vazamentos e riscos ao servidor e rede são significativamente menores.
Políticas de cibersegurança
Os gestores também devem se atentar às políticas e protocolos de cibersegurança médica, por exemplo, definindo o que cada profissional tem acesso dentro da rede interna.
Um enfermeiro, por exemplo, não precisa ter acesso aos dados de RH ou financeiro, portanto, é a partir das políticas de cibersegurança médica que esses controles são definidos.
Treinamento dos profissionais
Uma etapa fundamental para garantir uma rede mais segura é treinar os profissionais dos diferentes departamentos e níveis, pois o fator humano é o mais imprevisível quando se trata de segurança digital.
Os profissionais devem ser qualificados para saber reconhecer acessos suspeitos, manusear as informações as quais tem acesso e operar com eficiência os sistemas em uso.
Assim como o sigilo médico é um valor difundido na instituição, a cibersegurança médica também deve ser vista como uma forma de proteger, resguardar e respeitar os pacientes.
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Saiba qual a importância da cibersegurança médica nas instituições de saúde e quais as boas práticas para proteger dados e a rede interna
A transformação digital em diferentes segmentos fez com que gestores precisassem começar a se atentar à segurança da informação. Na saúde, a cibersegurança médica, por exemplo, é indispensável para garantir a continuidade da operação.
Gestores de saúde estão cada vez mais familiarizados com a tecnologia, ainda assim, a incorporação de novas soluções nem sempre é acompanhada da robustez necessária no que se refere à segurança digital.
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O conceito de cibersegurança refere-se ao conjunto de práticas que visa garantir a proteção dos computadores, servidores, dispositivos móveis, rede e aplicativos para prevenir ataques maliciosos.
Para que haja segurança, é preciso englobar uma série de cuidados em diferentes frentes, como:
- segurança de rede para proteger as operações intranet;
- segurança de aplicativos e sistemas computacionais utilizados;
- segurança da informação para proteção de dados;
- segurança operacional para estruturação de protocolos de acesso;
- recuperação de desastres para evitar perdas de dados;
- boas práticas dos usuários finais.
Assim, a cibersegurança é mais ampla do que apenas ter um antivírus instalado, ainda que essa seja uma prática fundamental para estruturação da segurança digital da instituição.
O principal objetivo da cibersegurança é proteger dispositivos e rede interna de ataques de hackers, como malwares, que são softwares maliciosos que podem visar roubar ou sequestrar informações, deletar dados, bloquear um dispositivo, entre outros.
Qual a importância da cibersegurança médica?
A cibersegurança médica é particularmente importante nas instituições de saúde devido à natureza dos dados.
A medicina já pressupõe que haja o sigilo médico, ou seja, as informações dos pacientes, sejam pessoais, de diagnóstico ou tratamento, não podem ser divulgadas para terceiros sem autorização, sendo que apenas a equipe médica tem acesso aos dados.
Esse é um princípio ético inviolável na saúde, sendo que o descumprimento pode levar à cassação do registro dos profissionais.
Com a digitalização dos processos, os dados que anteriormente ficavam em prontuários impressos passaram para prontuários eletrônicos que são sim mais seguros, desde que as medidas de cibersegurança médica sejam adequadas.
Assim, a segurança da informação é importante para que os sistemas digitais respaldem o princípio de sigilo médico da área.
Além disso, no Brasil está em vigor desde 2020 a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) que regulamenta a coleta, processamento e armazenamento de dados pessoais.
Na saúde, os efeitos da LGPD estendem-se desde a proteção dos dados dos pacientes como também dados de colaboradores.
No que se refere aos dados dos pacientes eles são classificados como sensíveis pela LGPD.
As violações de segurança da informação de dados sensíveis, como na saúde, resultam em punições mais graves, uma vez que se considera esse tipo de comprometimento mais prejudicial aos indivíduos.
Portanto, investir na cibersegurança médica é indispensável para cumprir os requisitos da LGPD para proteção dos dados dos pacientes.
Além disso, a própria regulamentação da telemedicina demanda atenção à segurança digital, com sistemas que devem ser registrados nos conselhos regionais de medicina.
Outro aspecto importante é que o paciente esteja ciente e dê anuência à transferência dos dados, como ocorre na telerradiologia.
Todos esses protocolos são desenhados com o objetivo de aumentar a cibersegurança médica, o que também vai depender de medidas internas das instituições de saúde.
Como aumentar a segurança digital em clínicas e hospitais?
O cumprimento das diretrizes presentes na LGPD e também nas resoluções específicas da área médica já são passos importantes para aumentar a segurança digital em clínicas e hospitais.
Outros cuidados associados devem ser planejados visando o aumento da cibersegurança médica.
Sistemas confiáveis
De acordo com a LGPD, uma instituição também é responsável pelos dados quando os compartilha com terceiros, como a parceira de telerradiologia ou o desenvolvedor de um sistema de gestão.
Com isso, é imprescindível que entre os critérios de avaliação e seleção dos sistemas da clínica ou hospital esteja o cumprimento da LGPD pela parceira, bem como a robustez dos protocolos de cibersegurança.
Além de contar com programas originais e confiáveis, é fundamental que seja realizada a atualização de software sempre que disponibilizada uma nova versão.
Backup atualizado
O backup consiste na duplicação de todos os dados da instituição e alocação em um local seguro destinado para esse fim.
De acordo com o porte da instituição, o backup pode ser atualizado a cada hora, diariamente, semanalmente, quinzenalmente, etc.
Ao manter um backup atualizado conforme a periodicidade mais condizente com a operação da instituição garante-se uma operação mais segura.
Firewall e antivírus
O firewall em informática consiste em uma “porta” que monitora tudo o que entra e sai da rede, fazendo literalmente o controle de tráfego para autorizar ou bloquear um acesso.
Essa função do firewall faz com que ele bloqueie o acesso de malwares ou programas desconhecidos e suspeitos.
Quando associado o firewall com um antivírus eficiente, as chances de vazamentos e riscos ao servidor e rede são significativamente menores.
Políticas de cibersegurança
Os gestores também devem se atentar às políticas e protocolos de cibersegurança médica, por exemplo, definindo o que cada profissional tem acesso dentro da rede interna.
Um enfermeiro, por exemplo, não precisa ter acesso aos dados de RH ou financeiro, portanto, é a partir das políticas de cibersegurança médica que esses controles são definidos.
Treinamento dos profissionais
Uma etapa fundamental para garantir uma rede mais segura é treinar os profissionais dos diferentes departamentos e níveis, pois o fator humano é o mais imprevisível quando se trata de segurança digital.
Os profissionais devem ser qualificados para saber reconhecer acessos suspeitos, manusear as informações as quais tem acesso e operar com eficiência os sistemas em uso.
Assim como o sigilo médico é um valor difundido na instituição, a cibersegurança médica também deve ser vista como uma forma de proteger, resguardar e respeitar os pacientes.