Estudo de Caso: Paciente masculino de 27 anos com incômodos na região sacrococcígea
Paciente masculino, 27 anos.
Apresentou dor, calor e vermelhidão na região sacrococcígea com pequeno orifício na pele drenando líquido turvo, malcheiroso e amarelado.
Achados de imagem
Exame de RM da pelve demonstrando imagem tubuliforme alongada com predominante hipersinal em T2, situada na região sacrococcígea paramediana à direita, exibindo realce parietal após contraste e trajeto fistuloso com a superfície cutânea da linha interglútea à direita. Não há relação com o complexo esfincteriano.
Hipóteses Diagnósticas
Os achados clínicos e de imagem, bem como a localização típica e a não caracterização de comunicação entérica (fístula perianal), permite a hipótese de doença pilonidal.
Os cistos pilonidais interglúteos podem ser clinicamente difíceis de diferenciar de uma fístula perianal. O estudo através de RM permite a visualização do trajeto fistuloso e também é útil na avaliação da inflamação associada.
Cisto pilonidal
Doença pilonidal é a denominação mais adequada para o cisto pilonidal, trata-se de uma doença crônica relativamente comum em adolescentes e adultos jovens, e aparece habitualmente na região sacrococcígea. Há várias formas de apresentações, quando há sinais de infecção e pus o cisto também é chamado de abscesso pilonidal, e pode fistulizar para a pele.
As causas ainda são motivo de controvérsias, acredita-se que existem fatores que provoquem o aparecimento tais como: pelos encravados, atrito e pressão na área sacrococcígea, calor e transpiração, traumas e foliculite.
O tratamento inicial é o seu esvaziamento (incisão e drenagem), e em casos de reaparecimento ou quando o cisto já está em um estágio inflamatório muito avançado, será necessário intervenção cirúrgica após drenagem.
Raramente pode ocorrer malignização em cistos pilonidais, tipicamente em casos crônicos e recorrentes, sendo o carcinoma espinocelular (CEC) o tipo histológico mais frequente, podendo também ocorrer carcinomas basocelulares, sarcomas e melanomas.
Referências Bibliográficas
BALSAMO, Flávia; BORGES, Alline Maciel Pinheiro; FORMIGA, Galdino José Sitonio. Cisto pilonidal sacrococcígeo: resultados do tratamento cirúrgico com incisão e curetagem. Rev bras. colo-proctol., Rio de Janeiro , v. 29, n. 3, p. 325-328, Sept. 2009 .
MELLO DF, DEMARIO LA, JUNIOR AH. Carcinoma espinocelular como complicação tardia em doença pilonidal sacrococcígea – relato de caso. Rev bras Coloproct, 2011;31(2): 213-216
Khanna A, Rombeau JL. Pilonidal disease. Clin Colon Rectal Surg. 2011;24:46–53
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Apresentou dor, calor e vermelhidão na região sacrococcígea com pequeno orifício na pele drenando líquido turvo, malcheiroso e amarelado.
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Exame de RM da pelve demonstrando imagem tubuliforme alongada com predominante hipersinal em T2, situada na região sacrococcígea paramediana à direita, exibindo realce parietal após contraste e trajeto fistuloso com a superfície cutânea da linha interglútea à direita. Não há relação com o complexo esfincteriano.
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Os achados clínicos e de imagem, bem como a localização típica e a não caracterização de comunicação entérica (fístula perianal), permite a hipótese de doença pilonidal.
Os cistos pilonidais interglúteos podem ser clinicamente difíceis de diferenciar de uma fístula perianal. O estudo através de RM permite a visualização do trajeto fistuloso e também é útil na avaliação da inflamação associada.
Cisto pilonidal
Doença pilonidal é a denominação mais adequada para o cisto pilonidal, trata-se de uma doença crônica relativamente comum em adolescentes e adultos jovens, e aparece habitualmente na região sacrococcígea. Há várias formas de apresentações, quando há sinais de infecção e pus o cisto também é chamado de abscesso pilonidal, e pode fistulizar para a pele.
As causas ainda são motivo de controvérsias, acredita-se que existem fatores que provoquem o aparecimento tais como: pelos encravados, atrito e pressão na área sacrococcígea, calor e transpiração, traumas e foliculite.
O tratamento inicial é o seu esvaziamento (incisão e drenagem), e em casos de reaparecimento ou quando o cisto já está em um estágio inflamatório muito avançado, será necessário intervenção cirúrgica após drenagem.
Raramente pode ocorrer malignização em cistos pilonidais, tipicamente em casos crônicos e recorrentes, sendo o carcinoma espinocelular (CEC) o tipo histológico mais frequente, podendo também ocorrer carcinomas basocelulares, sarcomas e melanomas.
Referências Bibliográficas
BALSAMO, Flávia; BORGES, Alline Maciel Pinheiro; FORMIGA, Galdino José Sitonio. Cisto pilonidal sacrococcígeo: resultados do tratamento cirúrgico com incisão e curetagem. Rev bras. colo-proctol., Rio de Janeiro , v. 29, n. 3, p. 325-328, Sept. 2009 .
MELLO DF, DEMARIO LA, JUNIOR AH. Carcinoma espinocelular como complicação tardia em doença pilonidal sacrococcígea – relato de caso. Rev bras Coloproct, 2011;31(2): 213-216
Khanna A, Rombeau JL. Pilonidal disease. Clin Colon Rectal Surg. 2011;24:46–53
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