Paciente do sexo feminino com suspeita de gravidez ectópica
Achados da imagem
As imagens da TC de abdome e pelve pós-contraste demonstram uma volumosa formação expansiva heterogênea com arcabouço ósseo fetal no interior, fora da cavidade uterina, medindo cerca de 12,2cm x 10,5 cm, localizada em topografia anexial direita, rechaçando o útero contralateralmente.
Qual o diagnóstico?
Gravidez ectópica anexial direita.
Discussão
A gravidez ectópica é uma das causas frequentes de dor abdominal aguda em serviços de emergência, tendo apresentado aumento da incidência de 0,37% em 1948 para 2% das gestações em 1992, com taxa de mortalidade considerável, estimada atualmente entre 9% e 20%.
Paralelamente ao aumento da incidência, houve queda na mortalidade e na morbidade, provavelmente decorrente do diagnóstico mais rápido e oportuno proporcionado pelo avanço da tecnologia em métodos de imagem.
Em 95% dos casos de gestação ectópica, a implantação se dá nas tubas, e os demais 5% nos ovários, canal cervical, cicatriz de cesárea, ou na cavidade peritoneal.
O quadro clínico mais comum se constitui de dor abdominal baixa de leve intensidade, sangramento vaginal irregular e tempo de amenorreia variando entre 5 e 9 semanas.
A US é o exame de escolha no primeiro atendimento à gestante em serviços de urgência. Apesar disso, pacientes com quadro de dor abdominal aguda, insuspeito de gravidez ectópica podem ser submetidas primariamente a exames de TC e RM.
Na TC, o principal achado é o de massa anexial heterogênea, predominantemente cística, com nítidos planos de clivagem com os ovários e útero, associada ou não a realce periférico, tendo como achados associados comuns, líquido livre na cavidade peritoneal, muitas vezes com presença de focos hiperdensos de permeio, compatível com conteúdo hemático.
Neste caso, a presença de arcabouço ósseo fetal na região anexial direita e sua ausência na cavidade endometrial foram suficientes para fechar o diagnóstico de uma gestação ectópica avançada e não rota.
Referências bibliográficas
Febronio EM et al. Gravidez ectópica: achados de TC e RM. Radiol Bras. 2012 Set/Out;45(5):279–282 2. Rios L, Oliveira R, Martins M, et al. Anormalidades do primeiro trimestre da gravidez: ensaio iconográfico. Radiol. Bras. 2010;43:125–32. 8.
Dohke M, Watanabe Y, Okumura A, et al. Comprehensive MR imaging of acute gynecologic diseases. Radiographics. 2000;20:1551–66.
Sua clínica ou hospital precisa de telerradiologia? Entre em contato com a Telelaudo e faça um orçamento.
Artigos Recentes
Achados da imagem
As imagens da TC de abdome e pelve pós-contraste demonstram uma volumosa formação expansiva heterogênea com arcabouço ósseo fetal no interior, fora da cavidade uterina, medindo cerca de 12,2cm x 10,5 cm, localizada em topografia anexial direita, rechaçando o útero contralateralmente.
Qual o diagnóstico?
Gravidez ectópica anexial direita.
Discussão
A gravidez ectópica é uma das causas frequentes de dor abdominal aguda em serviços de emergência, tendo apresentado aumento da incidência de 0,37% em 1948 para 2% das gestações em 1992, com taxa de mortalidade considerável, estimada atualmente entre 9% e 20%.
Paralelamente ao aumento da incidência, houve queda na mortalidade e na morbidade, provavelmente decorrente do diagnóstico mais rápido e oportuno proporcionado pelo avanço da tecnologia em métodos de imagem.
Em 95% dos casos de gestação ectópica, a implantação se dá nas tubas, e os demais 5% nos ovários, canal cervical, cicatriz de cesárea, ou na cavidade peritoneal.
O quadro clínico mais comum se constitui de dor abdominal baixa de leve intensidade, sangramento vaginal irregular e tempo de amenorreia variando entre 5 e 9 semanas.
A US é o exame de escolha no primeiro atendimento à gestante em serviços de urgência. Apesar disso, pacientes com quadro de dor abdominal aguda, insuspeito de gravidez ectópica podem ser submetidas primariamente a exames de TC e RM.
Na TC, o principal achado é o de massa anexial heterogênea, predominantemente cística, com nítidos planos de clivagem com os ovários e útero, associada ou não a realce periférico, tendo como achados associados comuns, líquido livre na cavidade peritoneal, muitas vezes com presença de focos hiperdensos de permeio, compatível com conteúdo hemático.
Neste caso, a presença de arcabouço ósseo fetal na região anexial direita e sua ausência na cavidade endometrial foram suficientes para fechar o diagnóstico de uma gestação ectópica avançada e não rota.
Referências bibliográficas
Febronio EM et al. Gravidez ectópica: achados de TC e RM. Radiol Bras. 2012 Set/Out;45(5):279–282 2. Rios L, Oliveira R, Martins M, et al. Anormalidades do primeiro trimestre da gravidez: ensaio iconográfico. Radiol. Bras. 2010;43:125–32. 8.
Dohke M, Watanabe Y, Okumura A, et al. Comprehensive MR imaging of acute gynecologic diseases. Radiographics. 2000;20:1551–66.
Sua clínica ou hospital precisa de telerradiologia? Entre em contato com a Telelaudo e faça um orçamento.